quarta-feira, 13 de julho de 2011

Peço licença para divagar um pouco sobre a tristeza humana.

Na aula de domingo dia 10/7/2011, nós - trabalhadores do da casa de Benedito das sessões de Terça-feira, nos reunimos para aprender muito sobre a saúde espiritual através de uma entidade médica, que não se nomeou.

Aprendemos que o nosso corpo físico é o templo - a casa - de nossa alma eterna, no momento desta vida.  Como qualquer templo material - ele não deve ser o alvo final de nossa adoração - mas deve ser respeitado e cuidado - como a moradia sagrada de nossa alma.

"Se você chega na sua casa e ela está bagunçada e desordenada, o que você tem vontade de fazer?" o nosso médico nos perguntou... Uma irmã respondeu: "tenho vontade de ir embora."

Tenho vontade de ir embora...


Imagine as implicações desse sentimento para uma alma que habita um corpo doente, ou um corpo abandonado, ou um corpo maltratado.  É profundo o sofrimento de uma alma, que não consegue se sentir em casa dentro da própria moradia.  É importante compreender o quanto isso impacta toda a nossa existência.

É importante lembrar também - que as enfermidades do corpo não são apenas aquelas visíveis ou tatéis.  O corpo também adoece por dentro, e também adoece no espírito.  A tristeza, a violência, a revolta, a raiva, o pânico, a depressão - são doenças sutis, que se apresentam até com sintomas físicos também, porém fazem seu maior estrago mesmo no âmbito mais discreto e solitário do ser-humano.  Em lugares aonde até raramente ele é percebido pedindo ajuda.  E por não conseguir pedir ajuda, ou manifestar a necessidade de ajuda, ele pode passar por vezes - uma existência, ou quem sabe muitas existências, em doença crônica e lenta, que promove a sua sensação de destruição mais dolorosa - a implosão.

Um irmão perguntou, ao fim da palestra do nosso professor-médico, sobre a tristeza.  Nosso professor respondeu, que a tristeza quase sempre diz respeito à perda, e à possessão.  Ou a ilusão da posse.  Que muitas vezes nós confundimos o amor com o sentimento de posse nesse plano.  Que precisamos estar atentos.

Em sequência, eu perguntei: "E a depressão, ela é como a tristeza?"
Nosso professor explicou que a depressão é uma tristeza quem vem de outras vidas.  Que eu provavelmente senti depressão desde a infância.  Eu confirmei isso.  E ele continuou a ensinar que a depressão é permeada por uma sensação de que não se merece o amor, de que não se é digno do amor.  E que espíritos que sofrem essa enfermidade, normalmente espíritos de uma natureza mais pacata, não dada a violência, se voltam para o seu interior e ao sentir tristeza de violência tão grande - se violentam a si mesmos, como numa implosão.  Voltam para dentro a violência da tristeza profunda e do desamparo que sentem, por se acreditarem indignos do amor.  A depressão é a tristeza crônica implodida - voltada para dentro de si mesmo.

"Quando chegou a esta casa, essa menina era de uma violência profunda - contra si mesma - porque é de uma natureza pacata, e não cometeria violência externa, por isso se voltava para dentro."  ele disse de mim.

Hoje encontrei o melhor tratamento - que é doar amor.  Distribuir o próprio amor é em si a maior ação de cura para a descrença de que se merece amor.  Exercitar o próprio amor interno é o que fomenta a percepção de que se é digno de amor - próprio e do outro.  E então nasce um ser que se ama, ama o outro e é digno, merecedor, e se acredita merecedor - de amor.  Parece que esta solução é ao contrário - quando se procura amor, o caminho é dar amor?
Mas sim, no mundo da alma as equações são circulares.  O mundo real do espírito, e hoje em dia a ciência começa a perceber - que o da matéria e energia também - é todo circular.  A vida é circular.  Os eléctrons orbitam os núcleos dos átomos em forma circular.  As fases da natureza se comportam de forma circular - em ciclos.  A vida humana é repleta de ciclos.  A existência da alma é pautada por ciclos de existência - vida, desencarne, e reencarne.  O universo - o homem hoje começa a questionar - originou a partir de um novo momento do ciclo de existência - que culminou no Big Bang.  O Big Bang começa a ser colocado como o apse de um ciclo que se concluiu e recomeçou.  Nas emoções humanas também - as lógicas são circulares - e como num círculo não existe o começo nem o fim, mas só o estágio atual - também no mundo das emoções - o dar e o receber se confundem - são duas dimensões do mesmo sentimento - dois estágios, ou dois lados da mesma moeda.

A maior doação que o sentimento de amor proporciona - é ao próprio ser que doa.  Dar e receber são mesmo de fato a mesma palavra - de acordo com o espírito.  Na dimensão do espírito - não existe separação entre esses dois atos.  Eles são o mesmo ato.  Ao dar amor, o ser que doa é infundido por amor.  E isto aqui é o mais importante de se entender: no ato de receber amor, para efetivamente recebê-lo, só é capaz de receber - quem conhece a capacidade de dar.  No ato de receber amor - naquele momento exato - o ser que recebe - também dá.  O amor é como uma corrente circular que precisa passar através de um portal para adentrar a alma - a senha que abre este portal é - o dar.  No momento em que se recebe, invariavelmente, se dá.  É necessário espelhar/identificar o amor para que ele penetre - vivemos em círculos, e também em dualidades - a chave só se completa quando se complementa o todo do círculo, como nas fases dos ciclos, como no início, fim e recomeço - todo, como na identificação empática do espelho - eu, outro, nós - o mesmo. Se essa equação não fôr assim - circular - não é amor que está circulando, por assim dizer, ali - mas uma de suas menos privilegiadas corruptelas, talvez a posse, talvez a necessidade, talvez a carência, talvez o interesse, talvez o vício.

Um caso interessante de cura é o trabalho voluntário, de ajuda ou de assistência.  Essas são perfeitas plataformas de tratamento da alma enferma com a depressão, ou com a falta de amor.  É costumeiro se dizer, eu doei para pessoas menos fortunadas, e me senti melhor porque percebi que alguns tem muito menos do que eu.  Esse pensamento, apesar de justo e belo, não é a real função deste tratamento.  O tratamento se dá, porque ali o paciente enfermo da depressão, encontra um espaço para exercitar o próprio sentimento de amor que mora dentro dele, mas que há tanto anda tão desconectado de sua vida, e de sua alma, que ele já não se lembra mais como praticá-lo - nem pelo outro, nem por si mesmo.  Gelada a alma adoece e se coloca num ciclo de dormência, aonde ela procura tentar fazer o mínimo de mal possível a si mesma ou aos outros.  Porque como não são de natureza violenta, os seres depressivos procuram adormecer a própria raiva para não prejudicarem tanto a sua própria ordem interna ou externa com a violência.  Mas este adormecer, digamos assim, também o impossibilita de sentir o próprio ímpeto de luta.  Não são seres de luta, mas são seres da mais profunda qualidade de amor.  Por serem tão profundos, também adoecem ao se depararem com as inevitáveis e naturais perdas da vida.  E seu maior aprendizado é crescer e superar a sua própria natureza frágil, singela que se converte em sofredora frente a transiência e instabilidade da existência nesse plano inferior de matéria em que habitamos momentaneamente.  Para estas almas de profundo amor, em busca de um profundo aprendizado de dor, o maior tratamento possível é a doação do amor.  Ainda que comece mecânico e superficial - e depois se torne intenso e comprometido.  Pois essas almas podem começar devagar e desconfiadas, já que aprenderam a se proteger em grandes cascas e escudos, tamanho o nível de sua dor pungente, mas essas são almas apaixonadas.  E logo em breve se apaixonam pela oportunidade de doar, que é em última análise - a oportunidade de vivenciar amor - concreto, sutil, simples, simétrico e circular.

Agradeço a oportunidade de poder digitar esse texto que é ao mesmo tempo pessoal e nitidamente soprado por entidades superiores.  Agradeço.

- Fernanda Tornaghi.

6 comentários:

  1. Fernanda,
    Parabéns por nos trazer à lembrança aula tão preciosa recebida domingo. Seu texto preciso, instrutivo e lírico é muito importante para o reforço de nosso aprendizado. Fico imensamente agradecida a voce por este trabalho tão importante, efetuado com perfeita maestria. Beijos Celina

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  2. Fe, não podia esperar texto mais lindo que esse. Seus textos se superam. Parabéns por esse nível de consciência que está atingindo... e também muito obrigada por compartilhar seus conhecimentos.

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  3. Não cheguei ao final com fôlego, cheguei buscando o ar, melhor, respirando fundo... emocionada ... Sempre fico assim quando percebo a manifestação de Deus!!! O que Te dizer Fe !??? Obrigada, por me fazer entender a missão de cada um de nós... Aí está o sentido da felicidade que os artistas vieram para nós dar... Seu texto inspirado por espíritos, traduzido por seu espirito lindo, espalhou e espalhará conhecimento e felicidade!
    Sou sua fã! Obrigada!

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  4. Que texto lindo, fê! Não sabia que vc escrevia essas coisas... Ta de parabéns! Você é uma querida!! :)
    Beijocas.

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