domingo, 25 de setembro de 2011

Simply Being - Sobre a meditação

Sem pressa para chegar
É o seu momento para estar
Não haverá ápice ou objetivo
A ansiedade se esvai
Naturalmente tudo vai bem
E sem esforço tudo se vai
Não há problema em pensar
São lembranças do momento anterior
São desejos a se realizarem
Mas o pensamento não ficará muito
Pois não há aderência por ora
O que fica é a consciência do agora
Um momentâneo encontro com o eterno
Não há limites espaciais
Nem objetivos racionais
O momento é para simplesmente ser.

Por Roberta Pate em 10/09/2011

domingo, 17 de julho de 2011

Ao meu mestre em harmonia

Hoje no caminho de casa, voltando de um domingo de estudos, passei por uma família de rua.  A mãe e a filha estavam juntas no meio fio olhando alguma coisa à minha esquerda.  À minha direita, afastado das duas, um menino muito novo, de no máximo 5 anos, brincava com um carrinho.  Ao olhar mais de perto, percebi que o carrinho era na verdade seu pequeno chinelo.  E que nós compartilhamos esta visão do carrinho juntos.  Com o chinelo, ele brincava de tal maneira própria a um carrinho - que este quase se transformava num verdadeiro carrinho, com movimentos e a física própria ao brinquedo daquele formato.  Tão real era a sua crença no carrinho, que aquele chinelo havia se transformado no próprio carrinho - ao seus e meus olhos!

Naquele momento, me emocionei profundamente ao entender aquela lição divina.  Compreendi que naquele momento, aquela criança havia superado sua dor, suas perdas materiais, suas privações, suas provas e havia evoluído.  Talvez quebrando um ciclo de tristeza, talvez quebrando o sofrimento de décadas, de milênios ao aprender a superar suas próprias provações - sendo feliz e serena apesar da própria frustração de seus sonhos, da impossibilidade material de concretizar seu desejo - superando tudo que lhe tornaria incapaz de atingir a real importância do que há de valor em se ter um carrinho - a felicidade pura de brincar!

Em poucos segundos, eu já havia me afastado da família, e com profunda empatia e afeto, orava por aquelas almas - que assumiram tão duro compromisso de evolução nesta vida.  Pedi a benção divina para que eles pudessem trilhar seus caminhos e evoluir com a proteção de seus Guias e de Deus.

Mais alguns segundos, poucos segundos, à frente, ouvi uma música alta e estridente, que percebi estar vindo de uma igreja, há menos de 1 minuto daquela família.  Uma igreja aberta a rua, onde uma banda cantava canções religiosas, e crianças muito saldáveis e felizes dançavam na porta.  Aquilo me atingiu muito fortemente.  Interessante a ironia.  Não tenho certeza do porquê.  Mas tenho quase certeza de que aquelas pessoas, dentro daquela igreja, há poucos segundos daquela família, quase praticamente no mesmo lugar geográfico, não estavam conscientes de sua existência.  Era como se ambos habitassem o mesmo mundo, porém em esferas ou dimensões completamente diferentes e aparte.  Como se estivessem praticamente co-habitando o mesmo universo geográfico, porém não energético ou subjetivo.  Se me permite assim metaforizar, para propósitos descritivos...

Lembrei do tempo como uma propriedade multi-dimensional que alguns físicos defendem, algo que explicaria o comportamento das partículas quânticas no micro universo.  Isso explicaria a lei da não-localidade ou o princípio da incerteza que regem o mundo das partículas quânticas - ou seja, elas tanto podem estar aqui como ali em qualquer dado momento - e quando se determina sua velocidade, se perde sua localização, mas quando se determina sua localização, se perde sua velocidade - e isso seria simples de entender se o tempo não fosse uma linha de progressão reta e uni-dimensional, mas talvez uma linha com espessura, profundidade em três ou mais dimensões.  Não seria talvez essa lei aplicável ao macro como no micro universo?  Não seria talvez uma explicação para os encontros e desencontros da vida...assim como a aparente subjetividade do tempo-espaço?  Mas, voltemos a minha caminhada...mais sobre isso em subsequentes divagações...

Trilhei todo o caminho até em casa pensando naquela criança, e orando - para que ela pudesse atingir a sua proposta evolução nesta vida.  Então percebi que a criança, naquele momento único de espaço e tempo, com a sua ação de infinita sabedoria, havia se sido em meu mestre.  Com aquele singelo movimento, com aquela inocente escolha - em ser feliz - aquela pequena criatura me ensinara que em todo e qualquer momento de minha existência, perante toda e qualquer situação, sou eu - a senhora de meus sentimentos, de minha paz, de meu destino, e de minha evolução.  Que me cabe o papél de traçar o meu caminho, pautado pelo ímpeto (pulsão) de vida ou de morte, perante todas as adversidades e bençãos que minha via evolutória me apresentar.
De repente, percebi que a minha consciência - a minha capacidade de naquele momento apreender tal lição, me ligaram a esta alma como numa dança divina, num ciclo de evolução - quando naquele pequeno espaço de tempo, eu pude estender àquela alma talvez carente, talvez errante - uma chance transitória de me ensinar um ensinamento eterno - doando a ele uma chance de também crescer, de também evoluir e de colher o karma positivo desta interação - que se expressa de forma concreta na minha gratidão e no meu profundo amor por ele.  Aonde, eu, por estar consciente à lição que a alma possa me ensinar, proporciono a ela a dádiva de dividir a troca de amor, a recepção da oração, e mais profunda do que qualquer outra doação - estendo ao outro a possibilidade de me auxiliar na minha própria evolução.  Percebi então que a consciência é também um ato - de doação!

Neste momento, me tocou uma beleza de profunda e indiscritível natureza, e quase chegando à minha casa, eu chorei, e agradeci.  Percebi que talvez não há maior doação do que conferir a uma alma irmã a possibilidade de lhe tocar, lhe mover por dentro e lhe modificar pelos mais íntimos e profundos canais.  Conferir ao outro a passagem de entrada para lhe ensinar algo que jamais esquecerá.  A real consciência apreende por todos os sentidos, pela emoção, pela razão e pela alma.  Imprime no coração da alma a frequência daquele momento/acontecimento - para nunca mais apagar.  Neste momento fui tomada por uma emoção que era maior do eu.  Uma emoção sem palavras.  Corri para casa, ansiosa, e transbordando já de palavras e conceitos para tentar experimentar no papél algo que, mesmo que brutamente, pudesse se assemelhar à experiência de profundo enlace espiritual que vivi.

Agradeço a criança-mestre que cruzou meu caminho, agradeço a meus Guias por este professor.  Agradeço a chance de viver um dia de estudos cósmicos - tanto teóricos como práticos.  Agradeço por todos os carrinhos que tive na minha infância e também pelos que não tive e que não tenho!  Peço toda a misericórdia e luz para a alma do meu mestre-criança.

- Fernanda Tornaghi.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Peço licença para divagar um pouco sobre a tristeza humana.

Na aula de domingo dia 10/7/2011, nós - trabalhadores do da casa de Benedito das sessões de Terça-feira, nos reunimos para aprender muito sobre a saúde espiritual através de uma entidade médica, que não se nomeou.

Aprendemos que o nosso corpo físico é o templo - a casa - de nossa alma eterna, no momento desta vida.  Como qualquer templo material - ele não deve ser o alvo final de nossa adoração - mas deve ser respeitado e cuidado - como a moradia sagrada de nossa alma.

"Se você chega na sua casa e ela está bagunçada e desordenada, o que você tem vontade de fazer?" o nosso médico nos perguntou... Uma irmã respondeu: "tenho vontade de ir embora."

Tenho vontade de ir embora...


Imagine as implicações desse sentimento para uma alma que habita um corpo doente, ou um corpo abandonado, ou um corpo maltratado.  É profundo o sofrimento de uma alma, que não consegue se sentir em casa dentro da própria moradia.  É importante compreender o quanto isso impacta toda a nossa existência.

É importante lembrar também - que as enfermidades do corpo não são apenas aquelas visíveis ou tatéis.  O corpo também adoece por dentro, e também adoece no espírito.  A tristeza, a violência, a revolta, a raiva, o pânico, a depressão - são doenças sutis, que se apresentam até com sintomas físicos também, porém fazem seu maior estrago mesmo no âmbito mais discreto e solitário do ser-humano.  Em lugares aonde até raramente ele é percebido pedindo ajuda.  E por não conseguir pedir ajuda, ou manifestar a necessidade de ajuda, ele pode passar por vezes - uma existência, ou quem sabe muitas existências, em doença crônica e lenta, que promove a sua sensação de destruição mais dolorosa - a implosão.

Um irmão perguntou, ao fim da palestra do nosso professor-médico, sobre a tristeza.  Nosso professor respondeu, que a tristeza quase sempre diz respeito à perda, e à possessão.  Ou a ilusão da posse.  Que muitas vezes nós confundimos o amor com o sentimento de posse nesse plano.  Que precisamos estar atentos.

Em sequência, eu perguntei: "E a depressão, ela é como a tristeza?"
Nosso professor explicou que a depressão é uma tristeza quem vem de outras vidas.  Que eu provavelmente senti depressão desde a infância.  Eu confirmei isso.  E ele continuou a ensinar que a depressão é permeada por uma sensação de que não se merece o amor, de que não se é digno do amor.  E que espíritos que sofrem essa enfermidade, normalmente espíritos de uma natureza mais pacata, não dada a violência, se voltam para o seu interior e ao sentir tristeza de violência tão grande - se violentam a si mesmos, como numa implosão.  Voltam para dentro a violência da tristeza profunda e do desamparo que sentem, por se acreditarem indignos do amor.  A depressão é a tristeza crônica implodida - voltada para dentro de si mesmo.

"Quando chegou a esta casa, essa menina era de uma violência profunda - contra si mesma - porque é de uma natureza pacata, e não cometeria violência externa, por isso se voltava para dentro."  ele disse de mim.

Hoje encontrei o melhor tratamento - que é doar amor.  Distribuir o próprio amor é em si a maior ação de cura para a descrença de que se merece amor.  Exercitar o próprio amor interno é o que fomenta a percepção de que se é digno de amor - próprio e do outro.  E então nasce um ser que se ama, ama o outro e é digno, merecedor, e se acredita merecedor - de amor.  Parece que esta solução é ao contrário - quando se procura amor, o caminho é dar amor?
Mas sim, no mundo da alma as equações são circulares.  O mundo real do espírito, e hoje em dia a ciência começa a perceber - que o da matéria e energia também - é todo circular.  A vida é circular.  Os eléctrons orbitam os núcleos dos átomos em forma circular.  As fases da natureza se comportam de forma circular - em ciclos.  A vida humana é repleta de ciclos.  A existência da alma é pautada por ciclos de existência - vida, desencarne, e reencarne.  O universo - o homem hoje começa a questionar - originou a partir de um novo momento do ciclo de existência - que culminou no Big Bang.  O Big Bang começa a ser colocado como o apse de um ciclo que se concluiu e recomeçou.  Nas emoções humanas também - as lógicas são circulares - e como num círculo não existe o começo nem o fim, mas só o estágio atual - também no mundo das emoções - o dar e o receber se confundem - são duas dimensões do mesmo sentimento - dois estágios, ou dois lados da mesma moeda.

A maior doação que o sentimento de amor proporciona - é ao próprio ser que doa.  Dar e receber são mesmo de fato a mesma palavra - de acordo com o espírito.  Na dimensão do espírito - não existe separação entre esses dois atos.  Eles são o mesmo ato.  Ao dar amor, o ser que doa é infundido por amor.  E isto aqui é o mais importante de se entender: no ato de receber amor, para efetivamente recebê-lo, só é capaz de receber - quem conhece a capacidade de dar.  No ato de receber amor - naquele momento exato - o ser que recebe - também dá.  O amor é como uma corrente circular que precisa passar através de um portal para adentrar a alma - a senha que abre este portal é - o dar.  No momento em que se recebe, invariavelmente, se dá.  É necessário espelhar/identificar o amor para que ele penetre - vivemos em círculos, e também em dualidades - a chave só se completa quando se complementa o todo do círculo, como nas fases dos ciclos, como no início, fim e recomeço - todo, como na identificação empática do espelho - eu, outro, nós - o mesmo. Se essa equação não fôr assim - circular - não é amor que está circulando, por assim dizer, ali - mas uma de suas menos privilegiadas corruptelas, talvez a posse, talvez a necessidade, talvez a carência, talvez o interesse, talvez o vício.

Um caso interessante de cura é o trabalho voluntário, de ajuda ou de assistência.  Essas são perfeitas plataformas de tratamento da alma enferma com a depressão, ou com a falta de amor.  É costumeiro se dizer, eu doei para pessoas menos fortunadas, e me senti melhor porque percebi que alguns tem muito menos do que eu.  Esse pensamento, apesar de justo e belo, não é a real função deste tratamento.  O tratamento se dá, porque ali o paciente enfermo da depressão, encontra um espaço para exercitar o próprio sentimento de amor que mora dentro dele, mas que há tanto anda tão desconectado de sua vida, e de sua alma, que ele já não se lembra mais como praticá-lo - nem pelo outro, nem por si mesmo.  Gelada a alma adoece e se coloca num ciclo de dormência, aonde ela procura tentar fazer o mínimo de mal possível a si mesma ou aos outros.  Porque como não são de natureza violenta, os seres depressivos procuram adormecer a própria raiva para não prejudicarem tanto a sua própria ordem interna ou externa com a violência.  Mas este adormecer, digamos assim, também o impossibilita de sentir o próprio ímpeto de luta.  Não são seres de luta, mas são seres da mais profunda qualidade de amor.  Por serem tão profundos, também adoecem ao se depararem com as inevitáveis e naturais perdas da vida.  E seu maior aprendizado é crescer e superar a sua própria natureza frágil, singela que se converte em sofredora frente a transiência e instabilidade da existência nesse plano inferior de matéria em que habitamos momentaneamente.  Para estas almas de profundo amor, em busca de um profundo aprendizado de dor, o maior tratamento possível é a doação do amor.  Ainda que comece mecânico e superficial - e depois se torne intenso e comprometido.  Pois essas almas podem começar devagar e desconfiadas, já que aprenderam a se proteger em grandes cascas e escudos, tamanho o nível de sua dor pungente, mas essas são almas apaixonadas.  E logo em breve se apaixonam pela oportunidade de doar, que é em última análise - a oportunidade de vivenciar amor - concreto, sutil, simples, simétrico e circular.

Agradeço a oportunidade de poder digitar esse texto que é ao mesmo tempo pessoal e nitidamente soprado por entidades superiores.  Agradeço.

- Fernanda Tornaghi.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O Amor e a Fé


O amor é uma espécie de fé. Amar é conhecer "um lugar que tem que ser acreditado para ser visto."*
Neste lugar, aonde se aceita o desconhecido, aonde se permite encontrar o que nunca foi visto antes, mas que de alguma maneira é re-conhecido - ali se encontra a possibilidade e a tranquilidade de amar.
Amar é mais do que acreditar. Acreditar é menos do que ter fé. A fé é de outra ordem. Acreditar implica em - duvidar, provar, comprovar. Fé é saber.

Amar é profundamente compreender. Depois da compreensão - toda pessoa faz sentido. Toda pessoa tem uma razão. Amar é ser capaz de enxergar essa razão. Ser capaz de compreender o sentido, o tempo, a ordem. Essa compreensão é mais do que acreditar. Essa compreensão é fé. No outro. Em si. Na razão de todas as coisas. A fé não é cega. Ela enxerga tudo - o todo. O amor como a fé - vê o todo.

O amor é uma oportunidade de compreender o outro - é o combustível que dá a possibilidade e a necessidade de conhecer, enxergar, e entender um universo totalmente aparte, separado e estrangeiro para você. O amor é a chance de perceber um outro que não é você. Conhecer intimamente uma realidade que não é sua. Superar pré-conceitos que você só poderia ter por não conhecer nenhuma outra realidade além da sua. O amor é a chance de atravessar a barreira do corpo e do espaço e poder compreender uma outra experiência a qual você jamais teria acesso de outra maneira. Esta profunda compreensão do outro, e de tudo que lhe é "estrangeiro"** - é o amor.


"O milagre é quando a fé supera a desilusão." - Vovó Catarina.

A felicidade não é a ausência de dor, mas a alegria construida apesar, e além da dor. A felicidade é quando a alegria supera a dor.

O amor é um milagre.
A felicidade também.


* - Trecho da letra da música "Walk On" - U2
**- Como já dizia o poeta: Nada que é humano me é estrangeiro.

Sobre a doação

Acredita ser feliz sozinho?

A paz interna vem como recompensa da doação.

Do amor, da paciência, do conhecimento e da própria paz.

Não deixe o autoconhecimento se tornar uma obsessão no trabalho espiritual.

Pense e faça pelos outros que estão à sua volta.

Que eles te farão feliz em troca.



Roberta Pate
em 25/01/11

terça-feira, 31 de maio de 2011

Eu, meu primeiro amor



É em movimento que meus pensamentos acordam.  Em rítmo de viagem.  Começo a ouvir a trilha daquela viagem.  Os movimentos se acordam dentro de mim.  Preciso criar algo.  Porque o lúdico dentro de mim quer explodir.  E pede reconhecimento.  preciso dar alguma forma a ele.  Preciso criar algo.  Algo que recompense, compense pela solidão da criação - e dê significado a angústia deste momento - criando algo belo.  Substituindo com forma o que não tem forma - o amor.

Olhando todas as pessoas passando, cruzando, como num filme em movimento... eu penso, cada uma dessas pessoas é um grande mundo.  Cheio de amor, cheio de sonhos, com algum grande sonho, com alguma dor, e alguns medos.  Uma menina que derrapa na calçada em frente ao ônibus lembra a minha irmã.  Uma mulher com sua filha sentada num banco de cimento olha para a sua filha. Ela lembra todas as mães do mundo.  E lembra só ela mesma sentada ali naquele banco.

Sentada em algum lugar muito longe da minha casa, eu sou capaz de me ver, de me enxergar de alguma outra forma.  Meu primeiro amor - a criação dentro de mim.  Essas palavras, quando criança - as formas do lápis, hoje - uma maneira de enxergar o mundo, uma forma de admirar o mundo, de amar o mundo - as imagens, os movimentos, a música das imagens.

A grande busca desta vida é se encontrar a si mesmo.  É uma das descobertas mais árduas e duras porque temos que fazê-la completamente sozinhos.  A busca eterna desta existência - o amor por si mesmo.  Se encontrar, se descobrir, se identificar, e enfim - se amar.  Não existe fórmula.  Todos nós estamos - em uma busca eterna - procurando nos encontrarmos por aí.  E ao nos encontrarmos - podermos nos amar.  Eis o maior aprendizado da vida.
Alguns se negam na exacerbada auto-afirmação, outros na baixa auto-estima.  Mas todos estamos igualmente buscando nos conhecermos, nos aceitarmos, e enfim, aprendermos a nos amarmos.  Esta é uma descoberta pessoal, eterna e única de cada um.  A identidade é fluida, e se transforma através da vida, através do que toca, do que interage, do que vivencia... O auto-conhecimento e a auto-aceitação são tarefas eternas, como a pedra que Sisyphus* foi condenado pelos Deuses a carregar para o alto da montanha.  O que importa é o caminho, o processo, a viagem.  A busca é interminável!

Em mim, eu amo este coração que não tem escolha senão transbordar nestas palavras.  Em em notas de músicas, em caminhadas, em viagens, e momentos preciosos por esta vida.  Este coração que me torna frágil, e forte, e grande e tão pequena... Que me proporciona dor e a suprema felicidade.  Que compreende que a felicidade é a alegria conquistada após a dor e a maravilha de viver.  Este coração sem o qual não seria eu.  O coração que é meu, que veio comigo, que cresceu e que aprendeu a amar.  Que sabe que o amor é uma capacidade que encontrei dentro de mim e que aprendi nesses últimos tempos.  Agradeço por ele, meu coração que veio assim, que cresceu assim e que aprendeu a ser amado.

E você, o que ama em você?

* O Mito de Sisyphus, Albert Camus.

- Fernanda Tornaghi.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Sobre perdas

É preciso acreditar que perdas são ilusórias.

Toda e qualquer experiência é mais um item em nossa bagagem espiritual.

E esta tem capacidade ilimitada.

Roberta Pate
em 13/01

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Amor é como cair

"Amor é como cair.
E você tenta lutar contra a gravidade,
Num planeta que insiste que o amor é como cair
E cair é assim...
Há um minuto tinha estrada debaixo de nós
E no próximo - o céu.
Eu não posso te proteger.
Sinto muito."

- Ani Difranco.

O amor é como cair.  Como cair sem rede.  Eu não posso te proteger.  Eu não posso me proteger.  O cair é necessário.  O salto livre no escuro.  Quanto mais medo você sente - maior é o perigo.  Maior o tamanho do salto.  Maior o êxtase do amor.  

Somos feitos de paradoxos.  Dualidades.  Para voar, é preciso cair.  E para amar, é preciso saber voar.

Voar é saber planar de acordo com o ar, em perfeita harmonia com o todo, com o rítmo do mundo, com o movimento da fibra que é composta de todas as coisas.
O primeiro passo é o salto, e depois abraçar.  Abraçar tudo que envolve a alma.  Porque tudo que existe faz parte da trama.  O sim e o não.  A alegria e a dor.  Voar é entender que absolutamente tudo faz parte do ato de amar.

Amar - é quando dentro de si - se compreende um microcosmo - da interconexão e unidade que existe entre todos os seres.  Aquilo que constitui todos nós e tudo que é humano.  E nos transforma em um só organismo.  Amar é compreender e vivenciar essa unidade dentro de si mesmo.

Amantes são companheiros de viagem - sideral, interplanetária e interior.  Viajantes, caminhantes de estrelas.  Estrelas são metáforas de células, células são metáforas de nós.  O amor - desejo - busca - é o combustível de toda e qualquer transformação.  Mesmo na transformação através da dor.

Existe uma dor e a liberdade, no ato de cair.

- Fernanda Tornaghi.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O que tem

Nessa vida em de tudo um pouco
Tem pedra e tem sapato
Tem chuva e tem telhado
Tem barro e tem asfalto

Tem palavra e tem silêncio
Tem zumbido enquanto penso

Tem o frio e o aconchego
Tem um pouquinho enquanto escrevo
Tem o fim e também os meios
Um pouco de tudo para ninguém
Botar defeito.

Roberta Pate

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Presença



Cada momento ao teu lado
Expressivos gestos, palavras, sabores,
Levam-me por segundos, minutos, horas
Indiscutivelmente deliciosos,
Navegar sem temores
Aguas tranqüilas e fluídas da minha emoção


Fez-se o Sol em meio a sombras
Infinitamente iluminado
Luzes de uma ribalta esquecida
Geram hoje, cores de uma nova vida
Uma irrefletida consciente
Escolha
Intensamente vivida
Retrato da minha
Alma
Sensivelmente insana


Desejos de quem te quer
Envolver-me a cada dia


Menina, Mulher
Especialmente bela...
Linda!
Olhos do meu bem querer.



                                                             CD

Mais uma de amor..



Escolhas....
 sempre nos deparamos com elas ao longo de nossa existência.
Algumas mais fáceis, outras um pouco difíceis,
e tem aquelas ...  torturantes
essas últimas principalmente quando se envolve o afetivo.

Quanto  mais afeto, mais complicado,
mas para tudo existe uma saída,
mesmo que seja aquela...pra bem longe.

Geralmente, quando se está envolvido com alguém 
e não se tem certeza se é isso que queremos viver naquele momento,
não vivemos como poderíamos viver,
nos AUTO-SABOTAMOS.

Criamos obstáculos o tempo todo,
ora trabalho demais,
ora falta de tempo,
ora cansaço,
ora compromissos de última hora "inadiáveis",
e por aí se vai... vamos...

As barreiras se multiplicam quase que instantaneamente
e aquilo que poderia ser deliciosamente compartilhado,
vai sendo esquecido no caminho.

A vida é única, o amor um presente e ser verdadeiramente amado..
ah, isso é uma dádiva.
Mas, na maioria das vezes
estamos tão ocupados em nos ocupar
que nem nos damos conta disso.

A vida continua e o amor
se perde por estradas que não chegam a lugar  algum.
E não ser intensamente amado?
“É um risco que se corre...”

Para alguns não faz a menor diferença,
para outros  “tudo tem seu preço”,
 e para aqueles que sentem, mas não cuidam...
Ah..! Esses só se dão conta depois que se foram
 e não são mais
ESCOLHAS...

Uma dose de poesia


"Ontem ao compartilhar a alegria me envolvi de Paz
Ontem ao dividir novos amigos,´estava em casa’
Ontem me vieram bobagens pra dizer ao pé do ouvido
Ontem ao te ver sorrir, quis sorrir com você
Hoje ao acordar percebi o quanto te quero
Hoje quando te olhei, pensei: como te amo!
Hoje ao te abraçar, quis ali ficar por horas e horas
Hoje ao te ver partir, senti-me repartir
Hoje quando fiquei só, percebi que não estava.. não estou."

Claudia D.

domingo, 15 de maio de 2011

Solitude também é o amor.

O real amor é um estado alterado de consciência, aonde alguém se encontra completamente inebriado pela sensação de enfim não ser só.  Ser parte do outro, ser parte do todo.  Ser completamente pleno na segurança de que é a incompletude do ser que o torna capaz de formar conexão.  É este caminho transparente e etéreo entre dois seres que configura - a conexão.

Conexão só é possível porque existe um vazio, uma busca, uma falta em algum lugar.  A solidão em todos nós - é aquilo que nos separa e nos une - o que nos torna todos iguais, e todos reconhecidos uns para os outros.  O que torna este caminho - a distância insuperável entre dois seres - um encontro transponível.  Este lugar é o desejo.  Desejo é o ser humano.  Conexão - a eterna busca por saciar essa fome - é o amor.
Ele só existe porque existe o vazio.  Para esta solidão, eu sempre quis usar a palavra "solitude."

Amar o vazio é também se amar.  Amar o que não tem fórmula, não tem receita.  Não existe gabarito para determinar quem somos - a identidade humana.  Passamos a vida buscando descobrir quem somos, e não existe uma resposta correta.  Quando achamos que descobrimos quem somos - a identidade - ela é fluida!  Ela se transforma ao longo da viagem!  E ao longo das interações... como na física quântica, todas as coisas se transformam de acordo com suas relações.
Assim se faz também o amor que sentimos.  Passamos a vida tentando definir o que de fato é indefinível.  Existem tantas maneiras de amar como existem tons de branco para os esquimós.  Não existem fórmulas ou explicações de como se amar!  O amor tem vida própria.  
Para amar é preciso ter tranquilidade.  A tranquilidade é amar.  Para amar, é necessário aceitar que ele venha como fôr.
Para amar é preciso ter liberdade.  Ser livre para sentir o que fôr.  E se permitir sentir - mesmo o desconhecido.  Mesmo o que é avassalador, o que te carrega, o que nem te pertence, o que é do outro e passa a ser seu.
O amor é querer estar perto.  É o querer fazer bem.  É o querer tudo que essa vida possa trazer - para você.

Fernanda Tornaghi.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Praticando o amor gratuito


Aprendendo a praticar o amor gratuito.  O amor - ele é meu.  Pertence ao meu coração.  É uma capacidade minha, uma habilidade que aprendi.
Portanto, se escolho alguém para presenteá-lo, sou eu em primeiro lugar que estou ganhando com esse ato de presentear.  Estou ganhando através da chance, do ato de materializar - em atos - em expressões - o amor que tenho dentro de mim.  Este é o presente maior que me dou a mim mesma - a liberdade de viver, e de sentir - o meu próprio amor.
O outro é capaz de sentir a boa fortuna de ser amado tão nobremente.  E de ser cuidado.  E de ser enxergado.
Mas o real presente do amor se faz dentro do próprio ser que ama.
Em caso de perda do ser amado, por qualquer motivo, não há preocupação.  O amor, a gente nunca perde.  Porque ele pertence apenas a você.

Já que tens tanto amor para sentir, não vá ser zura e guardar ele a 7 chaves só pra quem pode te corresponder.  Essa zurisse vai te machucar muito mais do que a ilusão de não ser amada.  Porque vai prender e enjaular algo que nasce livre, e é de ser livre, sem critério, sem vergonha e sem medida - o amor.

Fernanda Tornaghi.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Pensamentos sobre o amor

Um dia desses, a Clarissa me relembrou que a Vovó Catarina disse numa aula de quarta-feira - que um dia "todos iam aprender muito sobre o amor comigo."  Desde então eu recomecei a escrever no meu diário, e tenho escrito muito, quase sempre, sobre o amor.  Li algumas passagens dessas para a Jack, e ela pediu que eu dividisse esses pensamentos no blog de Benedito.  Então aqui vai...


Para amar - é primeiro preciso saber se entregar.

Amar quem não te ama é não se entregar!

A entrega é das mais difíceis habilidades - primeiro perdidas no início da vida.  Quando se começa a aprender a precariedade da nossa condição de desamparo no mundo.  E depois de perdida essa habilidade gratuita que todos nós trazemos ao mundo - perante as decepções, frustrações e medos - nós a reconquistamos, apesar das decepções, frustrações e medo.  Essa possibilidade de se entregar perante o total desamparo da incerteza de tudo - é o amar.



Fernanda Tornaghi.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

AGRADECIMENTO!

Um feliz Natal a todos do grupo.

Foi pra mim um presente e uma alegria maravilhosa ter ido ao Rio
e visto o trabalho sendo feito de forma tão efetiva. Exatamente o que
está sendo feito, é que os guias nos pediram. Parabéns a todos.
Que estejamos preparados para o crescimento previsto por nossos guias.

Pena não poder ter visto todos os meus irmãos de alma, mais oportunidades
virão em 2011.

Agradeço especialmente a todos que trabalharam no dia em que pude estar presente.
Fizemos um trabalho muito bom e a caridade foi feita. A sensação de ajudar é a melhor
de todas. A lógica espiritual é simples: recebe o que é ofertado.
A sensação da alegria permanece até hoje em meu coração.

Continuo aqui minha missão e peço sempre a concentração e energia de vcs pra cumprir
a contento. Podemos não salvar toda a floresta e seus povos mas continuaremos tentando
e executando como se isso fosse a realidade.

Se avizinha o ano da lebre, calmo e lento, consolidaremos as conquistas do ano do tigre.

Que o espírito de Jesus seja mas presente em suas vidas nesse final de ano.

Ronaldo Nina

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

BILHETE FRATERNO

" Qualquer que vos der a beber um copo dágua em meu nome, em verdade vos digo que não perderá o seu galardão" Jesus

Meu amigo, ninguém te pede a santidade dum dia para outro.
Ninguém reclama de tua alma espetáculos de grandeza.
Todos sabemos que a jornada humana é inçada de sombras e aflições criadas por nós mesmos.
Lembra-te, porém, de que o Céu nos pede solidariedade, compreensão, amor...
Planta uma árvore benfeitora, à beira do caminho
Escreve algumas frases amigas que consolem o irmão infortunado.
Traça pequenina explicação para a ignorância.
Oferece a roupa que se fez útil agora, ao teu corpo, ao companheiro necessitado que segue à retaguarda.
Divide, sem alarde, as sombras de teu pão com o faminto.
Sorri para os infelizes.
Dá uma prece ao agonizante.
Acende a luz de um bom pensamento para aquele que te precedeu na longa viagem da morte.
Estende o braço à criancinhas enferma.
Leva um remédio ou uma flor ao doente.
Improvisa um pouco de entusiasmo para os que trabalham contigo.
Emite uma palavra amorosa e consoladora onde a candeia do bem estiver apagada.
Conduze uma xícara de leite ao recém-nascido que o mundo acolheu sem um berço enfeitado.
Concede alguns minutos de palestra reconfortante ao colega abatido.
O rio é um conjunto de gotas preciosas.
A fraternidade é um sol composto de raios divinos, emitidos por nossa capacidade de amar e servir.
Quantos raios libertaste hoje do astro vivo que é teu próprio ser imortal?
Recorda o Divino Mestre que teceu lições inesquecíveis, em torno do vintém de uma viúva pobre, de uma semente de mostarda, de uma dracma perdida...
Faze o bem que puderes.
Ninguém espera que apagues sozinho o incêndio da maldade.
Dá o teu copo de água fria


EMMANUEL
Psicografia - Francisco Cândido Xavier - Uberaba / MG 

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

CARTA DE BEZERRA DE MENEZES

REPASSANDO PARA REFLEXÃO...
 
repassem pra  grupo de benedito, por favor,
bj
Dani

"Tudo na vida pode ser começado de novo para que a lei do progresso e do aperfeiçoamento se cumpra em todas as direções."
Emmanuel - Chico Xavier
 
Caríssimos amigos,

Muito se tem estudado sobre a evolução da Terra na escala hierárquica dos mundos, sendo apregoado, a todo canto, o estabelecimento do status de mundo de regeneração. Até agora tínhamos a certeza de que tal mudança, de mundo de provas e expiações para mundo de regeneração, era algo que vinha se ocorrendo ao longo dos últimos séculos.
Não havia notícias mais concretas sobre a efetivação deste grau no orbe terrestre.
Em reunião ocorrida no Plano Espiritual, em data de 18 de Abril de 2010, em região próxima à terra (temos notícia de que se trata de uma cidade espiritual localizada acima de Brasília), as mais altas autoridades encarregadas da governança do nosso querido planeta, sob a orientação de Jesus, anunciaram o início da ERA DO ESPÍRITO.
Ismael, falando em nome dE Cristo, noticiou Seus planos específicos para a cristianização dos homens e o estabelecimento deste novo momento do planeta, qual seja, a efetiva progressão de mundo de provas e expiações para mundo de regeneração.
A carta, que segue no arquivo anexo em formato PDF, da idéia de como serão os próximos cinqüenta anos, do que enfrentaremos, de quem vem do plano espiritual e de quem volta para lá.
Não se trata de comunicação a ser lida, mas sim a ser sentida, a ser estudada, meditada. Cada frase contém ensinamentos profundos que nos permitirão compreender as mudanças pelas quais a humanidade vem passando e aquelas que estão por vir, os quais também nos permitirão compreender as catástrofes coletivas que advirão em decorrência do processo de decantação necessário à seleção dos futuros habitantes do planeta.
Enfim, resta-nos elevar ao Alto nossos profundos sentimentos de gratidão e reconhecimento pela permissão de que tenhamos contato com tais notícias, auxiliando-nos na necessária condução de nossas vidas rumo a esta nova era.
Que bênçãos de paz e amor recaiam sobre o "médico dos pobres", espírito de nobreza ímpar que está, a todo momento, nos auxiliando na fixação dos ideais evolutivos, imprescindíveis a que possamos somar esforços para o efetivo estabelecimento desta nova ordem mundial.

Fraternal abraço a todos.

 Osvaldo

Reunião mediúnica no Centro Espírita Internacional Brasília, 19 de abril de 2010. Comunicação psicografada por Divaldo Pereira Franco, de autoria espiritual de Bezerra de Menezes.

Irmãos amigos, devotados obreiros da seara de Jesus! Abraçando-os em nome dos trabalhadores do lado de cá, rogamos ao Mestre Amigo bênçãos de paz para todos.
Os novos tempos em transcurso no plano físico anunciam uma era de transformações necessárias à implementação do processo evolutivo do ser humano. Os dois planos da vida se irmanam e laços de solidariedade se estreitam, tendo em vista os acontecimentos previstos.
Em atendimento aos compromissos firmados por orientadores do Planeta, almas abnegadas se desdobram em atividades, definindo responsabilidades e tarefas a serem desenvolvidas em épocas específicas.
Não longe, porém, nas regiões purgatoriais de sofrimento que assinalam o perfil dos seus habitantes, no mundo espiritual, almas se agitam, movimentam-se, produzindo ruídos e clamores na expectativa de se beneficiarem, de alguma forma, com a programação que o Alto determina.
Desassossegados, temem as mudanças que já lhes foram anunciadas e, por não saberem ainda administrar emoções e desejos, dirigem-se às praças públicas e aos templos religiosos de diferentes interpretações para debaterem e opinarem: ora aceitam os ventos das mudanças, ora se rebelam, posicionando-se contra elas. Nesse processo, influenciam os encarnados que lhes acatam as opiniões vacilantes e, ao mesmo tempo, são por eles influenciados.
O certo é que a Humanidade chegou a um ponto de sua caminhada evolutiva que não mais se lhe permite retrocesso de qualquer natureza. Para os próximos cinqüenta anos já se delineia um planejamento destinado a ser cumprido por uma coletividade de Espíritos que irão conviver com grandes e penosos desafios.
Trata-se de uma população heterogênea constituída de almas esclarecidas e de outras em processo de reajuste espiritual. As primeiras revelam-se iluminadas pelo trabalho desenvolvido na fieira dos séculos, quando adquiriram recursos superiores de inteligência e de moralidade.
Retornam à reencarnação para exercer influência positiva sobre as mentes que se encontram em processo de reparação, necessitadas de iluminação espiritual.
A atual Humanidade será pouco a pouco mesclada por esses dois grupos de Espíritos reencarnantes. Inicialmente na sua terça parte, abrangendo todo o Planeta, depois, dois e três terços. O trânsito entre os dois planos estará significativamente acelerado. Um trânsito de mão dupla, acrescentamos, pois coletividades de encarnados também retornarão à Pátria verdadeira.
Anunciam-se, então, o processo renovador de consciências por meio de provações, algumas acerbas .
Uma operação de decantação que visa selecionar os futuros habitantes do Planeta, aqueles que deverão viver os alvores da Era da Regeneração.
A massa humana de sofredores, de Espíritos empedernidos, repetentes de anteriores experiências, retornará à gleba terrestre em cerca de cinqüenta anos, mas os guardiões da Terra estarão a postos, ao lado de cada encarnado ou desencarnado convocando-os á transformação para o bem.
É a era do espírito, anunciada a clarinadas na manhã do dia de ontem, 18 de abril de 2010, no momento em que o sol lançava os seus primeiros raios à Terra. Em região muito próxima ao plano físico, habitantes do Além quase que se fundiram com a humanidade encarnada para, em reunião de luz e vibração amorosa, ouvir o mensageiro de Jesus que lhes traçou as diretrizes de uma nova ordem planetária, que ora começa a se estabelecer.
Ismael falou emocionado para os representantes de todas as nacionalidades, logo após a manifestação clamorosa dos seus patronos e guias.
Revelou planos de Jesus relacionados à cristianização dos homens . Ao final da abençoada assembléia, Espíritos valorosos deram-se as mãos, envolvendo o Planeta em suas elevadas vibrações, transformadas em pérolas que caiam do alto sobre os seus habitantes, atingindo-lhes a fronte na forma de serafina luminosidade.
Estejam, pois, atentos para os acontecimentos, meus filhos. Reflitam a respeito do trabalho que se delineia e, do posto de serviço onde se encontrem, sejam, todos e cada um, foco de luz, ponto de apoio.
Ouçam as vozes do céu, pois estão marcados pela luz dos guardiões planetários. Façam a parte que lhes cabem. Sejam bons, honestos, laboriosos, fraternos.
Os dias futuros de lutas e dores assemelham-se aos "ais" apocalípticos. Surgirão aqui, acolá e mais além, implorando pela união, compaixão e misericórdia, individual e coletiva.
Assim, irmãos e amigos, não cometam o equívoco de olhar para trás, mas coloquem as mãos na charrua do Evangelho e sigam adiante.
Não repitam a experiência a mulher de Ló, o patriarca hebreu que, possuidora de fé frágil, olhou para trás em busca dos prazeres perdidos, transformando-se em estátua de sal, desiludida pela aridez das falsas ilusões.
Façam brilhar a própria luz, meus filhos! Este é o clamor do Evangelho, hoje e sempre!...
Bezerra

sábado, 13 de novembro de 2010

MOMENTO CONHECIMENTO

A TERRA E SEUS METAIS


Nós, criaturas, agarramo-nos ao corpo da Mãe Terra que se move rapidamente através do espaço, como todos os outros corpos celestes. A Terra também nos faz girar em torno do centro do nosso universo, o Sol, que nos banha a todos com seus raios benéficos.

O corpo da Terra é como o nosso, modelado de acordo com um modelo cósmico. A terra firme e a água que corre estão tão separadas quanto a nossa carne do nosso sangue, e a água do mar contém os mesmos elementos que o sangue (exceto que o seu conteúdo de sal é mais elevado). Como a Terra se move através do espaço, não podemos conhecer a forma exata do seu corpo, uma vez que as suas cavidades se encheram de água. Todavia, ela também tem um pólo-pensamento no norte, análogo à nossa cabeça. Seu pólo-vida está localizado no sul e corresponde aos nossos órgãos sexuais e excretores. Lá, próximo do pólo norte, as auroras boreais da Terra cintilam do mesmo modo que lampejos de inspiração iluminam a escuridão existente em nosso cérebro. A Terra respira na região da Escandinávia. É lá que ela suga o ferro que necessita para o seu sangue - sangue que ajuda a formação de depósitos minerais. Cadeias de montanhas tais como os Andes e as Montanhas Rochosas são a sua espinha dorsal; os grandes rios, as suas artérias, correntes de energia que trazem alimento e revigoramento para os seus tecidos. Seu coração bate na Europa: Londres, Amsterdã, Paris, Praga e Viena; assim como certa vez o seu coração bateu nas grandes cidades da Atlântida, em Cartago e Atenas.



O equador é o seu centro e, no calor dessa fornalha, ocorrem a sua digestão e o seu metabolismo. Seu elixir da vida é protegido pelas florestas tropicais da África, tão ricas em minerais. Em certa época a Terra teve um cabelo assim espesso sobre todo o seu corpo. As florestas cobriam toda a terra firme, tal como um casaco de peles vivo. Mas, a maneira irresponsável de viver dos homens deixou a Terra com manchas nuas, vulneráveis: os desertos. Os veios de minérios de metais conduzem energia através do tecido de rochas da


Mãe Terra. Esses veios são seus nervos. Os homens podem tirar o que quiserem, pois a Terra está recebendo constantemente energia do cosmos. Seu sistema nervoso não pode ser esgotado. Na metade inferior do corpo da Mãe Terra estão os rins (as reservas de cobre de Katanga) e a energia primeira dos seus órgãos sexuais. Onde as partes de terra firme se encontram num ponto, o Pólo Sul, seus resíduos orgânicos encontram uma saída. O calor contido em suas entranhas às vezes força a subida de substâncias perigosas até muito perto da superfície. Ersas erupções vulcânicas são as suas úlceras. Os micróbios que vivem dentro e sobre sua pele devem servi-la, assim como as bactérias que ajudam os homens a triturar os alimentos e a remover as substâncias rejeitadas. Os homens, as plantas e os animais devem servir à Mãe Terra de acordo com as leis dela. Se assim o fizerem, ela se manterá saudável e os alimentará. Mas se o micróbio-homem se transformar num germe virulento, envenenando o sangue dela, deixando-a nua e perfurando-a, a vida da Terra estará em perigo. A Mãe Terra, como o homem, absorve a energia do Sol através do seu pólo-vida, no Sul. Com essa energia radiante, ela faz o ouro e as pedras preciosas da África do Sul, da Índia e da América do Sul. Esses tesouros são as suas glândulas. Os mineiros formigam por toda a sua pele, retalhando, cavando e peneirando os metais mais preciosos, tirando-os de seu sistema nervoso. Vamos tentar ser crianças boazinhas, aquecendo-nos no seu fulgor, alimentando-nos para podermos crescer, em vez de sermos criadores de doenças, esgotando-a e envenenando-a com nossas estranhas brincadeiras. Os metais estão presentes no espaço, em forma etérica. A força da gravidade os atrai para a Terra. Conforme são absorvidos, vão se tornando cada vez mais densos, até que assumem as várias formas materiais que nos são familiares; ouro, prata, mercúrio, cobre, ferro, estanho e chumbo, platina, alumínio, zinco, cobalto, tungstênio, urânio, plutônio, etc., que o homem usa para os seus próprios fins.

Trecho do livro A Magia dos Metais, de Mellie Uyldert.

Boa Leitura !

Janaína